sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Solidão Fugaz?


Solidão Fugaz?

Ouço no peito infinda solidão;
- monótona, absoluta, -
Marcada ao compasso das batidas
De um coração tristonho e só.

E no compasso da alma enamorada
- lembranças frias, tétricas. –
Paira ao luar, perolizado,
Um rosto, por estrelas circundadas!

Infinda solidão... A Lua é cheia;
As almas lúgubres, vazias.
A solidão é cúmplice da Lua.

A noite é um túmulo petrificado...
- vultos entre escombros. –
Mas, toda noite passa, e vem o dia!

Ciro di Verbena

Um comentário:

  1. Adorei, ele é úmido de lágrimas, cinza, uma solidão pungente...
    Adoro o que escreves.
    bjs

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