terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Poema Infinito...



Poema Infinito

Tenho um poema infinito
Para os que não tem tempo de sentir poesia;
É pena que se o verso vier da mente
Pouco tem a dizer ao coração...

E as pessoas teimam em sucumbir à força da razão!

Homens-Bomba interessam mais
E não há tempo para as utopias...
É hora das notícias nos telejornais!

Falar de amor e de esperança
Já não é mais assunto de poeta...
Não se pode tomar as virtudes
Das entidades assistenciais!

E o meu poema infinito se traveste em símbolos;
Caracteres de uma fonte “times new roman”
Perdido em meus arquivos pessoais...

Eu, poeta virtual, não grito
Não reclamo, não blasfemo
E adormeço
No sofá da sala de estar
Em frente a televisão...

Meu “laptop” há de salvar
O meu poema
Que por certo apagarei
Quando acordar!

Ciro di Verbena

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